É inevitável, em algum momento cada um de nós fica em situação de perplexidade quando pressente a enormidade de causas e sutis encadeamentos que serviram de meio para que o que reconhecemos como "vida" pudesse surgir e se desenvolver neste astro que habitamos. Essa perplexidade é um constante estímulo na busca por compreensão das condições originais. O trecho abaixo explica um pouco das condições necessárias ao surgimento da vida.
 
O problema é que, para abrigar a vida como a conhecemos, um mundo precisa atender a alguns quesitos mínimos, incluindo ter uma atmosfera habitável, fontes de energia, substância líquida na superfície (de preferência água), orbitar uma estrela ideal a uma distância ideal, e ter uma combinação específica de elementos químicos em sua composição. Muitos cientistas falam em zona habitável de sistemas estelares e buscam exoplanetas nessas regiões para procurar por vizinhos intergalácticos. A zona habitável de uma estrela é aquela região onde as temperaturas não são quentes demais, nem frias demais, e possibilitam a existência de água no estado líquido. Mas de acordo com alguns especialistas, esse quesito não é crucial. ( 1 )
 
Um dos motivos alegados para as mais diferentes pesquisas espaciais é, justamente, procurar por "vida" em outros planetas. E aqui se abre todo um conjunto de discussões sobre o que, exatamente, seria essa tal de "vida" a ser procurada. A mais recente missão espacial da Nasa tem como alegada proposta buscar respostas nesse sentido. O trecho abaixo explica um pouco sobre a missão.
 
O projeto de exploração de Marte da NASA ganhou mais um capítulo na noite deste domingo com a sonda Curiosity pousando com sucesso no solo do planeta. A sonda irá vasculhar o terreno marciano em busca de indícios da existência de vida no território. (o destaque é meu)
A expedição já está em sua terceira etapa, contando com etapas anteriores feitas pelas sondas Spirit e Opportunity. A sonda Spirit iniciou sua missão em 2004, tendo permanecido no planeta até 2009, fazendo análises geológicas do terreno e reconhecendo o local. O veículo não tripulado perdeu contato com a Terra no começo de 2010, mas ficou mais tempo em operação no planeta do que o estimado pelos pesquisadores.
Já o robô Opportunity chegou a Marte apenas três semanas depois do Spirit e partiu em busca de indícios de existência de água. A missão, estimada para durar apenas três meses, já dura oito anos com a sonda enviando fotografias para a Terra de evidências de períodos úmidos e secos no planeta.
A sonda Curiosity é a mais completa a pousar no planeta e é composta por 10 instrumentos científicos que deixam o robô dez vezes mais pesado e com o dobro do tamanho de seus antecessores. O robô é capaz de colher amostras do solo marciano e analisá-las em um 'laboratório' interno, com o auxílio de câmeras de alta precisão e espectrômetros, que analisam o espectro eletromagnético. ( 2 )
 
Ainda que existam discussões sobre se a própria missão tenha ou não contaminado o solo e daí obtido os resultados, o ponto mais importante para mim é o que chamam de "indícios da existência de vida".
 
Sejam bactérias, micróbios ou fungos tudo isso ganha o nome de vida. Tudo isso é entusiasticamente comentado, estudado e compartilhado. Qualquer coisa, por mais mínima que seja, motiva certo orgulho, afinal, a descoberta de "vida" é algo a ser valorizado. A descoberta da "vida"em outro planeta é algo importante. Mas... e o que acontece por aqui, ao nosso lado, no planeta que habitamos?
 
Não é estranho que a mesma "ciência" que euforicamente fala sobre "indícios da existência de vida" em Marte não se incomode e até defenda a extinção de estruturas mais complexas como o são, por exemplo, um feto? Será que um feto não serve como "indício da existência de vida" humana?
 
É uma tarefa ingrata ler livros e artigos, ver documentários falando sobre os "indícios de vida" em outros planetas ao mesmo tempo em que os mesmos veículos de divulgação defendem encarniçadamente o aborto. É indiscutível que em certos casos o aborto é plenamente compreensível mesmo, igualmente indiscutível é o fato de que essa bandeira se torna não apenas uma evolução de métodos contraceptivos, mas um método de controle populacional que embora alegue defender certas "minorias", na prática, serve apenas como meio de controle justamente dessas minorias. Algumas alegações beiram a loucura, como, por exemplo, a falta de meios contraceptivos... No caso brasileiro eles são acessíveis em qualquer posto de saúde!!!
 
Bom... com esta postagem quero apenas lançar um estímulo de reflexão.
 
Se os "indícios da existência de vida" em outros planetas são esperançosamente procurados, como chegamos ao ponto de ignorar "indícios da existência de vida" em um feto?
 
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