Visualize um copo de vidro cheio de água.
Por que a água não vaza por entre o corpo do copo?
O que a faz ficar dentro do copo?
 
Embora o copo pareça ser um objeto impermeável, de fato, ele não o é, ao menos não do modo como em geral compreendemos o caso. O corpo do copo nada mais é que a aproximação de certas moléculas que jamais se fundem, mas que, ainda assim, mantém um intervalo tão minúsculo entre si que impedem que outras moléculas se movimentem por entre elas. No caso da água no copo, a aparência de impermeabilidade se dá porque as moléculas que compõe a água são maiores que os espaços entre as moléculas que compõem o corpo do copo de vidro. Sendo assim, a água vai ficar paradinha lá dentro até que alguém decida fazer algo com ela ou com o copo...
 
O mesmo acontece com qualquer outro objeto. Todo material que de alguma forma contenha algo, somente o pode conter por ser ele próprio o resultado de um conjunto de moléculas que tem espaços entre si menores do que as moléculas que compõem o objeto envolvido.
 
Sei que parece óbvio, então não será surpresa alguma se eu estender a reflexão ao uso de... máscaras.
 
Máscaras são itens de proteção, fundamentais em várias áreas de atuação. Para cada local existe um tipo bem específico de máscara a ser utilizada, e a sua especificidade está justamente nos intervalos entre as moléculas que compõe a estrutura da própria mascara.
 
Ambientes de muito pó necessitam de máscaras diferentes das utilizadas em ambientes com gazes venenosos, e isso acontece por uma razão muito simples; as partículas de pó são incrivelmente maiores do que os componentes dos gazes, logo, as máscaras que protegem do pó possuem na sua estrutura moléculas muito mais distantes entre si do que as moléculas que compõe as máscaras para a proteção de gazes.
 
Mesmo certos agentes infecciosos podem ser impedidos com o uso de máscaras... corretas. Considere que mesmo vírus e bactérias são estruturas que possuem certo tamanho, logo, a mascara correta deve ser aquela que tenha entre suas moléculas um intervalo menor do que o tamanho do vírus ou da bactéria.
 
Qualquer outra coisa é bizarrice!
 
Igualmente danoso é o uso de um produto que em sua estrutura tenha moléculas com intervalos menores do que o necessário para proteção adequada. Um exemplo? Imagine que alguém queira se proteger de algum agente infeccioso que tenha propagação pelo ar utilizando um capacete de plástico, ou mesmo uma máscara plástica. É certo que o intervalo incrivelmente reduzido entre as moléculas tanto do capacete como da mascara plástica tem eficácia na defesa, mas o intervalo é tão reduzido que impede até mesmo a oxigenação adequada do corpo, o fazendo enfraquecer e adoecer.
 
Os dois artigos abaixo desenvolvem de modo mais específico a reflexão que propus por aqui.
 
The News Medical - 15/02/2021 - https://www.news-medical.net/health/The-Size-of-SARS-CoV-2-Compared-to-Other-Things.aspx
 
Ciência explica - 24/03/2020 - http://www.cienciaexplica.com.br/2020/03/24/o-que-e-mentira-sobre-o-coronavirus/
 
PBM - A água, o copo e a falta de senso. https://perspectivasbrasilmundo.wordpress.com/2021/12/19/a-agua-o-copo-e-a-falta-de-senso/