Há tempos venho percebendo que, felizmente, não sou o único cara que gosta de viajar pela linha do tempo da vida, mesmo em pensamento. Numa reunião entre amigos, ficou evidente que, quanto mais falamos sobre o passado, o brilho dos nossos olhos se expande e faz com que outras pessoas entrem na maravilhosa máquina do tempo, também. Pesquisando sobre essas dálias, encontrei este trecho:

Segundo o que apontam os psicólogos, um dos motivos mais comuns para uma pessoa se sentir conectada ao passado é por alguma cicatriz emocional que ainda está aberta, ou por uma sensação – muitas vezes ilusória – de algo que pode não ter sido concluído da maneira que ela acha que deveria. 

Em termos, concordo com a explicação acima. Com certeza você já deve ter dito a si mesmo que poderia ter aproveitado mais, feito tal coisa ou não tido medo de determinada ocasião e, como sempre, tenta reverter às coisas e imaginar como seria se você tivesse feito esta determinada coisa. É uma tentativa realmente tênue e deveras, até mesmo, fútil. O passado está ali, exposto para sempre na maravilhosa galeria de museus do nosso cérebro, não o pudemos mudar em nada, porém temos o presente para viver. A nostalgia sempre renderá bons frutos àqueles que viveram intensamente suas respectivas épocas. Todos nós gostamos e devemos relembrar coisas que nos marcaram e que nos conectaram para sempre às maravilhas do mundo. Seja uma viagem, um aniversário ou algum acontecimento aleatório, revivenciar o passado é fortalecer a memória e, sem dúvida, isso é muito importante para o nosso cérebro. 
O tópico mais especial vem agora: quando vejo uma criança vidrada com um telefone celular na mão, lembro da minha maravilhosa infância e digo ao pequeno, isto é, o aconselho para que largue o aparelho de lado e aproveite esta fase da vida, que é linda. "Vocês não sabem aproveitar suas infâncias! Na minha época, era muito melhor!". Eis o tópico especial em questão: 'na minha época'. Por mais que o tempo corra, sempre vai haver alguém pra dizer que na sua época a vida era bem melhor que a atual. 

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Sinto que os anos mais incríveis da minha vida não são aqueles por onde nossas vidas correram livres e intensas, mas sim que são estes que vivemos agora, neste exato momento. Cada momento é uma dádiva.